Rodrigues & Borges Advogados Associados

Brasileiros pegam empréstimos para fazer apostas nas Bets, diz estudo

Um levantamento recente da fintech Klavi revelou que 15% da população brasileira joga ou já jogou em plataformas de apostas, conhecidas como bets. Um dado alarmante é que muitos brasileiros estão recorrendo a empréstimos para financiar essas apostas, o que traz consequências significativas tanto para os jogadores quanto para suas famílias. Vamos analisar os impactos dessa prática, o risco de dependência e os malefícios financeiros e emocionais envolvidos.

O impacto das apostas nas famílias

O vício em jogos de apostas, especialmente em plataformas online, vai muito além de um simples lazer. A busca incessante por um “grande prêmio” pode rapidamente se transformar em um pesadelo, onde as finanças pessoais e familiares ficam comprometidas. Quando uma pessoa aposta mais do que pode, ela frequentemente acaba recorrendo a empréstimos, causando uma pressão insustentável no orçamento familiar.

As consequências são amplas: desde o endividamento em nome da família até o rompimento de laços afetivos. Conflitos conjugais são comuns, pois o jogador tende a esconder ou minimizar o problema, enquanto o parceiro ou parceira lida com o estresse financeiro e emocional.

O risco do vício em apostas online

A facilidade de acesso a bets online tem aumentado consideravelmente o número de pessoas viciadas em jogos. O problema se agrava pelo fato de que muitos usuários não percebem a gravidade da situação até que já estejam profundamente endividados.

O vício em jogos é classificado como um distúrbio de controle de impulsos, e seus sintomas incluem a incapacidade de parar de apostar, mesmo quando as perdas acumulam, e a busca por empréstimos ou outras formas de crédito para continuar jogando. A promessa de uma recompensa imediata, combinada com a facilidade de fazer apostas com poucos cliques, agrava o problema, levando muitos a uma espiral de dívidas e frustrações.

O impacto no orçamento familiar

Uma das maiores preocupações do vício em apostas é o impacto direto no orçamento das famílias. Quando uma pessoa se vicia em apostas, ela começa a priorizar o jogo em detrimento de outras responsabilidades financeiras, como pagar contas, fazer compras essenciais ou até mesmo contribuir com a educação dos filhos.

Pior ainda, a prática de pedir empréstimos para apostar é uma armadilha perigosa. Com juros elevados, o jogador rapidamente se vê em um ciclo de dívidas, onde o montante devido cresce de forma incontrolável. Muitas famílias relatam dificuldades em pagar despesas básicas como aluguel e alimentação, o que acaba criando um ambiente de estresse e desespero.

Outras consequências do vício

Além do impacto financeiro, o vício em jogos também pode ter sérias repercussões na saúde mental dos envolvidos. Depressão, ansiedade, e até pensamentos suicidas são comuns entre aqueles que não conseguem sair do ciclo de apostas. As famílias também sofrem com o afastamento emocional do jogador, que muitas vezes se isola em busca de mais tempo e dinheiro para apostar.

Conclusão

O estudo da fintech Klavi revela uma tendência preocupante entre os brasileiros: o crescente hábito de recorrer a empréstimos para apostar em jogos online. Esse comportamento traz graves consequências financeiras e emocionais, tanto para o jogador quanto para suas famílias. É essencial conscientizar a população sobre os riscos do vício em jogos de apostas e buscar formas de tratamento e prevenção para aqueles que estão vulneráveis a esse problema crescente.

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